A adesão de carros elétricos no Brasil está crescendo. Dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) mostram que as vendas do modelo híbrido, assim como 100% elétrico cresceu consideravelmente nos últimos meses atingindo 51% no primeiro quadrimestre do ano. Contudo, mesmo com bons números, o país está longe de alcançar outras nações líderes no segmento principalmente pela falta de incentivos governamentais, segundo a associação. Assim, como o intuito de mudar esse cenário, projetos de leis estão sendo criados a fim de alavancar o setor no Brasil. Um dos exemplos é o projeto de lei 6.020/2019, o qual visa alavancar os incentivos governamentais à pesquisa e desenvolvimento de veículos elétricos no país. Em 2022 ele foi aprovado pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado e agora aguarda a aprovação da Câmara dos Deputados para ser sancionado. De autoria da senadora Leila Barros (PDT-DF), o texto do PL determina que as empresas beneficiadas por renúncias fiscais no programa de inovação Rota 2030 - Mobilidade e Logística apliquem o 1,5% do benefício tributário em pesquisas sobre o desenvolvimento da tecnologia para veículos elétricos.Além disso, Barros também pede em seu projeto que investimentos na geração de energia elétrica no interior de veículos a partir do etanol sejam condicionadas. A ideia é que os 10 primeiros anos de vigência da política a cota de 1,5% dos benefícios tributários sejam investidos em instituições públicas de pesquisa, ou em pesquisas por elas supervisionadas.Segundo a senadora, o Rota 2030 possibilita renúncias fiscais que chegam hoje a R$ 9 bilhões para as empresas, o que justifica a necessidade de incentivos às pesquisas de mobilidade elétrica. O relator do projeto, por sua vez, Rodrigo Cunha (União-AL), também vê a necessidade de investimentos em mobilidade elétrica e, portanto para ele o PL 6.020/2019 é extremamente necessário. Em nota, através da Agência Senado, Cunha destaca que outros países estão investindo pesado na tecnologia e o Brasil também precisa alavancar as suas. “Na China e na Alemanha, por exemplo, tem havido um rápido avanço na venda de carros elétricos. Na Alemanha esses veículos representaram 26% das vendas de carros em 2021. O avanço dos veículos elétricos é um processo em rápida aceleração, e é global. Então o Brasil precisa planejar o futuro de nossa indústria automotiva, que é 20% do PIB industrial. Precisamos investir muito mais em pesquisa e desenvolvimento” finaliza. Fonte: Canal MOVE