MME planeja aumentar mistura de biocombustível na gasolina

Image

Medida foi anunciada na última semana e para especialistas do setor sucroenergético o assunto é visto como bastante positivo para a descarbonização e segurança energética.

A mistura de mais etanol na gasolina será debatida em breve pelo Ministério de Minas e Energia (MME) no Brasil. Na última semana, o ministro Alexandre Silveira, destacou que pretende apresentar uma nova proposta de mistura, sendo esta de aumentar o teor de biocombustível no combustível fóssil de 27,5% para 30%.

A ideia, no entanto, será debatida na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Segundo Silveira, a medida pretende acontecer de forma gradual e visa a segurança energética no país.

“Este aumento deverá acontecer de maneira gradual, com previsibilidade e transparência. Vamos fazer essa avaliação técnica junto com a indústria automotiva e o setor produtivo de etanol para dar segurança aos consumidores. O aumento do teor de etanol vai contribuir para a segurança energética do nosso País, com a redução das importações de gasolina e para a transição energética, pela redução das emissões de gases do efeito estufa” explica ele.

Segundo o ministro, um grupo de trabalho dentro do CNPE será criado para discutir a medida.

“Investir no setor significa garantir um futuro em que se respeita o conceito amplo de sustentabilidade, contribuindo com o desenvolvimento de todo o nosso país, sem deixar de lado o cuidado com as pessoas. Fomentar a indústria sucroenergética é prioridade para o governo do presidente Lula, proporcionando mais sustentabilidade para o setor de combustíveis, melhorando ainda mais nossa matriz energética”, explica Silveira.

Em nota, a União das Indústrias da Cana de Açúcar (UNICA), afirma que a nova medida do MME é bastante positiva e demonstra o compromisso do governo federal com o compromisso de descarbonização e segurança energética. Para ela, as medidas reforçam os compromissos para uma mobilidade de baixo carbono, bem como para a valorização da indústria local.

“A experiência brasileira na produção e uso de etanol, alçou o país como modelo de sustentabilidade para várias regiões do mundo. Nos últimos 20 anos, cerca de 620 milhões de toneladas de CO2 deixaram de ser lançadas na atmosfera com a utilização de etanol no Brasil. A criação do grupo de trabalho no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) para discussão da medida, permitirá que todas as partes envolvidas na cadeia de biocombustíveis sejam ouvidas, trazendo transparência e tecnicidade para todo o processo", pontua a instituição.

A UNICA também reforça que o etanol produzido no Brasil hoje a partir da cana-de-açúcar emite até 90% menos CO2 do que a gasolina e que com políticas adequadas será possível tornar o etanol um futuro radiante como parte da solução para a mobilidade sustentável.

Fonte: Canal MOVE

Gostou do Conteúdo, Cadastre-se já e receba todas as notícias de Canal Move no seu email cadastrado

Compartilhe esta noticia: