A eletromobilidade vem ganhando cada vez mais espaço no mundo e o que antes era visto como incerteza para muitas nações, hoje já é possível identificar que o assunto faz parte das suas convicções. Adalberto Maluf, presidente da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) revela que antes da pandemia já era possível se ver políticas públicas e legislações em prol das fontes renováveis, assim como de mobilidade elétrica. Além disso também já havia países colocando prazo para a venda de veículos a combustão. Dentre os exemplos estão a Noruega, que decidiu proibir a venda a partir de 2025, assim como Dinamarca, Escócia, Reino Unido, entre outros em vários outros anos daqui para frente. Maluf explica que no início parecia algo muito doido, visto que a dependência do combustível fóssil pelo mundo ainda é bastante expressiva. Contudo com a chegada da pandemia, a necessidade de ter fontes alternativas de energia, assim como opção de carbono zero, principalmente no transporte, se mostrou importante para driblar não só as mudanças climáticas, como também a saúde pública como um todo. “Esses países todos hoje estão convictos da sua transição para a eletromobilidade. O que a gente vê é que finalmente os números ganharam uma escala incrível. No ano passado saímos de 4% para 9% e esse ano tranquilamente o ano vai render mais do que 15%, 17% quem sabe até 20% de veículos elétricos ``, destaca Maluf. O especialista ainda reforça que também já existe uma demanda expressiva para carros elétricos maiores como ônibus e caminhões. Só na Europa no ano passado o uso de ônibus elétricos foi responsável por 55% das vendas. Já nos Estados Unidos as vendas desse tipo de veículo também ficaram acima da média com 65% e o recorde foi na China, onde o país asiático registrou 80% das vendas eletrificadas com o modelo. “Hoje a gente já tem mais de 16,5 milhões de veículos elétricos nas ruas. Você vê um crescimento muito grande na quantidade de modelos e o market share dos veículos. Você tem mais de 150 modelos de veículos elétricos nos principais mercados, na China mais de 300 modelos e no Brasil tem 72 hoje indo para 100 modelos. Ainda estamos um pouco atrás, mas somos brasileiros otimistas e que vamos nos inserir nessas cadeias” pontua Maluf.Já sobre a importância de políticas públicas envolvendo a eletromobilidade, Maluf ressalta que os países hoje com grande fomento na adesão de carros elétricos vem de importantes subsídios. De acordo com ele, na América Latina já existem compromissos a favor do setor para que os países alavanquem suas vendas, como o que ocorre na União Europeia.Contudo, o especialista destaca que o Brasil precisa intensificar suas vendas para não ficar para trás. Ele comenta o salto importante que o país deu nos últimos anos e em julho ultrapassou a marca de 100 mil veículos elétricos circulando nas ruas, sendo a maioria deles fabricados no país. Fonte: Canal MOVE
