A eletromobilidade no Brasil vem ganhando espaço. Na última semana, a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) destacou que a marca histórica de 100 mil carros elétricos foi atingida no dia 26 de julho. Os dados fazem parte do acompanhamento diário dos emplacamentos da associação em conjunto com empresas associadas.A marca, segundo a ABVE, é a melhor sentida desde 2012, quando o setor começou a ser desenvolvido. Só em 2022 o número nas vendas também já bateram recordes anuais se comparados a anos anteriores. Segundo a instituição, até julho o país já somou mais de 23 mil unidades vendidas de veículos elétricos leves, o que corresponde a 31% a mais do que as vendas concretizadas no primeiro semestre de 2021. Contudo, um ponto importante reforçado pelo associação é que o número total corresponde a todos os modelos elétricos disponíveis no país, incluindo não só os 100% movidos a bateria, como também os híbridos e híbridos plug-in. Segundo a ABVE também estão inclusos nos dados os automóveis de passeio, assim como os comerciais leves como SUVs e utilitários. Para Adalberto Maluf, presidente da ABVE, os números identificados este ano são bastante positivos e devem ser comemorados. Porém, o especialista ainda destaca que os números estão longe de ser o ideal. O país está no rumo certo, segundo ele, mas ainda precisa melhorar diversas questões para alavancar.“Esses 100 mil são um grande destaque e mostram que o Brasil está no rumo certo, mas ainda falta muita coisa para a eletrificação avançar. Precisamos de uma política nacional de eletromobilidade, ou seja, de políticas públicas alinhadas e coordenadas entre o governo federal e os governos estaduais e municipais para incentivar a transição do veículo a combustão para o veículo elétrico” reforçou ele em nota.A eletromobilidade global também teve seu ritmo de crescimento acelerado. Maluf destaca que houve um crescimento de 109% nas vendas globais em relação ao ano anterior. Ao todo mais de 16 milhões de automóveis e comerciais leves elétricos já circulam em todo o mundo, assim como 600 mil ônibus elétricos também. Sobre as vendas globais de elétricos plug-in a associação acredita que as vendas sejam ainda mais acentuadas. A expectativa é que o número chegue a 12 milhões de veículos, o que seria o dobro das vendas realizadas em 2021. Maluf afirma que o Brasil conta com um grande potencial para isso e que não pode ficar atrás das grandes cadeias produtivas. Portanto, lutar por cada vez mais incentivos é essencial. “O Brasil não pode isolar-se das cadeias produtivas globais do setor automotivo. O risco é o país perder ainda mais competitividade internacional e tecnológica, deixar de gerar renda e não produzir novos empregos de qualidade” finaliza ele. Fonte: Canal MOVE