Segurança no carregamento veicular está entre os desafios da mobilidade elétrica

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Comprar o carro e não se adequar a espécie de carregamento é bastante perigoso, diz especialista.

A mobilidade elétrica no Brasil vem crescendo consideravelmente em 2022. Dados da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) já revelam que o país deve terminar o ano com mais de 100 mil unidades eletrificadas em circulação, um dado bastante expressivo e importante para o setor.

O crescimento, por sua vez, está atrelado ao aumento expressivo da infraestrutura de recarga pública e semipública no país, assim como a oferta de veículos elétricos de diferentes modelos e perfis de preço, segundo a instituição.

Com os bons números na adesão da tecnologia, não se pode deixar de falar sobre a segurança no carregamento veicular, uma vez que os números de incêndios por falta de cuidado neste tipo de equipamento tem aumentado conforme a adesão da tecnologia. Liciany Ribeiro, CEO da Ribeiro Solar, revela o quanto cuidar do carregamento veicular é importante para evitar esse tipo de acidente.

“O carregamento veicular está muito condicionado a potência do carregador e existe sim, a gente recebe o carro com um plug padrão que não necessariamente vai se encaixar em uma tomada que você vai ter a certeza que ela vai estar aterrada ou se ela tem a corrente necessária podendo ficar até 12 horas carregando. Então é importante essa recarga com um equipamento adequado principalmente no que se trata quesito proteção seja do carro quanto dos nossos bens mais preciosos, a nossa família” explica ela.

Ribeiro comenta ainda que comprar o carro e não se adequar a uma situação de carregamento é extremamente perigoso e que merece a atenção por parte do consumidor na hora de aderir esse tipo de tecnologia.

Uma das soluções para o desafio, por sua vez, é comentada pela especialista. Na ocasião ela comenta que um inversor monofásico com carregamento veicular pode ser a chave para o problema. Ela explica que uma integração significa duas fontes de energia, tornando o equipamento mais seguro.

“A solução então que a gente comercializa hoje da SolarEdge ela combina hoje as duas fontes. O que significa isso? Que eu consigo puxar 16A do fotovoltaico diretamente e 16A do quadro totalizando ali 32A e proporcionando uma carga muito rápida ao meu veículo” afirma Ribeiro. Dessa forma, quanto menos o veículo precisar ficar carregando, menos riscos ele corre envolvendo algum problema elétrico na tomada, por exemplo.

Outro ponto comentado pela especialista diz respeito a maximização do uso da energia solar. A solução apresentada, segundo Ribeiro, permite saber a recarga com excedente de energia solar. Dessa forma é possível gerenciar a energia de maneira inteligente com o excedente na bateria dos carros.

“Essa funcionalidade ela consta já no aplicativo e você consegue pressionar no mesmo gerenciador do inversor", ressalta ela.

Por fim, Ribeiro reforça que ao falar sobre mobilidade elétrica urbana é essencial falar sobre carregamento rápido também, principalmente se o assunto diz respeito a maiores distâncias. Ela comenta que fazer várias recargas durante uma viagem, por exemplo, muitas vezes é necessário, portanto ter a tecnologia disponível é essencial para alavancar o setor eletrificado. Segundo a especialista, o Paraná hoje é o único estado que possui uma eletrovia.

A recarga rápida é aquela que possui corrente alternada e que entra diretamente na bateria do carro e envolve o mecanismo presente nos carros totalmente elétricos chamados on-board charger. O mesmo faz a conversão da corrente alternada para corrente contínua para injetar na bateria. Carros híbridos por sua vez não contam com esse tipo de dispositivo, não podendo então fazer a recarga mais rápida.

Fonte: Canal Move

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