O mercado de carros elétricos tem ganhado cada vez mais força para minimizar os impactos ambientais, assim como contribuir de forma efetiva nas metas do clima na Europa e no mundo. Metas ambiciosas inclusive estão sendo implantadas pela União Europeia. Contudo, as metas ambientais ainda estão sendo um tanto confusas, segundo a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA). Isso porque apesar de serem bastantes importantes, as metas trazem pontos obrigatórios, os quais a instituição ainda acredita que setor automobilístico elétrico não está preparado. Em nota, em seu site, a ACEA destaca que a proposta envolve o Regulamento de Infraestrutura de Combustíveis Alternativos (AFIR). O mesmo faz parte do pacote climático. Assim como estabelece metas obrigatórias para pontos de carregamento e postos de abastecimento de hidrogênio em todos os 27 estados-membros da UE. Entretanto, a instituição ressalta que a Comissão Europeia ainda manteve os objetivos de infraestrutura da Comissão para veículos ligeiros e pesados do ano passado. Contudo, para ela esses níveis de ambição estão longe de ser suficientes para apoiar uma aceitação massiva do mercado de veículos com emissões zero.Conforme a ACEA, a infraestrutura elétrica hoje ainda é deficiente e precisa melhorar. Neste caso, ações mais próximas do setor talvez sejam mais vantajosas, do que metas mais longes e que não garantem os níveis mínimos de infraestrutura para os fabricantes de veículos que precisam atingir suas metas de emissão de CO2. Eric-Mark Huitema, Diretor Geral da ACEA afirma que a infraestrutura é um ponto crucial do setor e que a adesão do regulamento por todos é fundamental, entretanto, o mesmo precisa ser reformulado, assim como aderido pelo setor.“Um rápido aumento da infraestrutura de carregamento e reabastecimento é vital para descarbonizar o transporte rodoviário. Precisamos de uma rápida adoção deste importante regulamento para enviar o sinal certo aos mercados” explica ele. Porém, a posição do conselho para isso é preocupante, visto que na última reunião diversas flexibilidades também foram apresentadas. Neste caso, Huitema explica que o desenvolvimento da infraestrutura será desigual, assim como cerca de 70% de todos os pontos de carregamento centralizados em quatro países da UE apenas. “A posição do Conselho sobre o AFIR simplesmente não garante os níveis mínimos de infraestrutura que serão necessários para que os fabricantes de veículos atinjam suas metas de CO2. Já existe uma distribuição muito desigual de infraestrutura em toda a UE, com cerca de 70% de todos os pontos de carregamento centralizados em quatro países da UE. “Permitir que os Estados-membros apliquem regras diferentes na implantação de infraestrutura agravaria essa situação irregular” explica Huitema. O especialista afirma que esse processo precisa ser evitado, visto que pode desincentivar os consumidores a mudar para powertrains alternativos. O mercado de carros elétricos na EuropaO crescimento do setor na Europa está crescendo. Uma análise feita pela instituição revela que as vendas eletrificadas aumentaram cerca de 70% no último ano. A adesão de veículos dessa forma é resultado dos subsídios ampliados pelo poder público nos principais mercados da Europa. Entretanto, a falta de infraestrutura de abastecimento pelos países ainda é um ponto de incerteza, deixando muitos consumidores ainda inseguros de investir nos veículos elétricos. Fonte: Canal MOVE
