O mercado de eletromobilidade no Brasil segue em franca expansão, impulsionado pela crescente demanda por veículos eletrificados e o avanço da infraestrutura de recarga. Um dos marcos mais recentes é o feito da BYD, que alcançou a marca histórica de 51.174 veículos eletrificados vendidos entre janeiro e setembro de 2024. Esse número reflete não apenas o crescimento da marca, mas também o aumento da aceitação dos brasileiros por veículos sustentáveis, num momento em que o setor automobilístico nacional se adapta à transição para tecnologias mais limpas.Dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) mostram que, em agosto de 2024, o mercado de eletrificados leves registrou 14.667 veículos vendidos, um crescimento de 57% em relação ao mesmo mês de 2023, quando foram comercializadas 9.351 unidades. Esse crescimento é ainda mais notável no acumulado do ano: de janeiro a agosto de 2024, as vendas chegaram a 109.283 veículos, um aumento de 123% sobre o mesmo período de 2023, que contabilizou 49.052 unidades.Esse aumento nas vendas de veículos eletrificados, por outro lado, está diretamente relacionado à evolução da infraestrutura de recarga. Até agosto de 2024, por exemplo, o Brasil já contava com 10.622 pontos de recarga públicos e semipúblicos, segundo a Tupi Mobilidade, associada à ABVE. Desse total, 89% são pontos de carga lenta (AC) e 11% são de carga rápida (DC), o que demonstra a crescente necessidade de ampliar e diversificar a oferta de pontos de recarga no país para atender à demanda crescente.Desde 2012, quando a ABVE iniciou sua série histórica, o Brasil já possui 329.714 veículos eletrificados leves em circulação, sendo 181.477 deles modelos plug-in (BEV e PHEV). Essa infraestrutura é fundamental para garantir o ritmo de crescimento da eletromobilidade no país, que também avança em municípios do interior, além das grandes capitais.Os veículos eletrificados, antes concentrados nas capitais, agora também estão ganhando espaço em cidades menores. No relatório da ABVE, por exemplo, 30% das vendas foram realizadas em municípios do interior, enquanto 70% permaneceram nas capitais. Esse avanço é um reflexo de um movimento de interiorização, que vem ampliando o alcance da eletromobilidade nas diferentes regiões do Brasil. O Sudeste lidera as vendas com 46% de participação, seguido pelo Nordeste (16%), Centro-Oeste (15%) e Norte (4%).