Governo amplia investimentos no combate às mudanças climáticas com novo Fundo Clima de R$ 10,4 bilhões

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Contrato prevê valor recorde ao Fundo, um dos principais do mundo para enfrentamento da mudança climática

Na última segunda-feira, dia 1° de abril, um marco significativo foi estabelecido no cenário ambiental brasileiro com a assinatura do contrato entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF). O contrato dita a gestão de recursos do Fundo Clima pelo BNDES, prevendo a transferência de até R$ 10,4 bilhões, destinados ao financiamento reembolsável de projetos voltados para a mitigação e adaptação à mudança do clima e seus efeitos.

Com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil), a assinatura do contrato representa um avanço notável na capacidade de investimento do Fundo Clima, segundo os especialistas. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e a ministra Marina Silva (MMA) foram os responsáveis por oficializar o acordo, que eleva consideravelmente o orçamento do Fundo, anteriormente estipulado em cerca de R$ 2,9 bilhões.

Os recursos, segundo o BNDES, provêm de diferentes fontes, incluindo parte da captação realizada pelo Ministério da Fazenda em novembro de 2023, através da emissão de US$ 2 bilhões em títulos soberanos sustentáveis no mercado internacional. Ademais, aproximadamente R$ 400 milhões serão provenientes da participação especial derivada da exploração de petróleo e gás, bem como de retornos de operações financeiras do próprio fundo.

Para Mercadante, a assinatura reflete o compromisso do governo em enfrentar a crise climática de frente, destacando o papel crucial do ministro Fernando Haddad na emissão dos títulos sustentáveis que financiam o Fundo.

“O ministro Fernando Haddad foi fundamental para a emissão desses 2 bilhões de dólares de títulos sustentáveis, que é o que financia esse fundo. Vamos ter agora R$ 10 bilhões contribuindo para o Brasil continuar liderando o enfrentamento da crise climática, a produção energética, a transição para uma economia verde sustentável. São investimentos que vão gerar emprego, salário e, principalmente, vão ajudar a combater a crise climática”, comenta ele.

Além disso, a ministra Marina Silva ressalta a importância deste incremento nos recursos do Fundo Clima, que passou anos sem funcionar e agora se fortalece como um dos principais instrumentos do Governo Federal na luta contra as mudanças climáticas.

“O Fundo Clima do Ministério do Meio Ambiente até agora funcionou com recursos, em média, entre R$ 500 a 400 milhões por ano. Mas, após ficar quatro anos sem funcionamento, conseguimos, junto com o BNDES e o Ministério da Fazenda, fazer com que ele fosse reforçado" explica Marina.

O novo fundo também priorizará seis linhas de financiamento, abrangendo desde o desenvolvimento urbano resiliente e sustentável até serviços e inovações verdes. Isso inclui investimentos em eficiência energética, geração de energia renovável, manejo florestal sustentável, e serviços relacionados à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Com uma abordagem abrangente e focada na sustentabilidade, o novo Fundo Clima também surge como um importante catalisador para a transição do Brasil para uma economia verde e resiliente ao clima. A expectativa é que os investimentos não apenas contribuam para a preservação do meio ambiente, mas também gerem empregos e promovam o desenvolvimento econômico sustentável.


Fonte: Canal Move com informações do BNDES.

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