A produção e venda de carros elétricos no Brasil está realmente crescendo. Embora ainda esteja longe do ideal, a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE) divulgou esta semana que o mês de agosto ultrapassou todos os recordes já evidenciados pelo setor, alcançando a marca de mais de 9.351 emplacamentos, 25% a mais do que o mês anterior.Segundo a associação ainda, o setor manteve um crescimento intenso no primeiro semestre do ano e tudo indica que o segundo semestre será ainda maior, onde a marca histórica de 10 mil unidades num único mês está próxima de acontecer.“O mercado brasileiro de veículos eletrificados (HEV + PHEV + BEV) manteve o mesmo ritmo intenso de vendas do primeiro semestre e se aproxima da marca histórica de 10 mil unidades num único mês. Em oito meses de 2023, o Brasil emplacou 49.052 eletrificados leves, praticamente o mesmo número de todo o ano anterior (49.245 em 2022) – que já tinha sido recorde. O total da frota de eletrificados leves em circulação no Brasil chegou a 175.491 veículos (janeiro 2012 a agosto 2023)” explica a ABVE.O alto crescimento nas vendas, por sua vez, também modificou o market share do setor, segundo a ABVE. Em agosto, a participação dos eletrificados atingiu a marca histórica de 4,75%. Em julho o percentual já havia subido para 3,5% e na comparação com agosto de 2022, onde a participação foi de apenas 2,19%, o número mais do que dobrou.Segundo a instituição, o crescimento só mostra o potencial do Brasil para este tipo de tecnologia e embora o país ainda esteja longe de patamares alcançados por países europeus e asiáticos, o crescimento contínuo é também bastante positivo.“O mercado de veículos eletrificados no Brasil ainda é considerado incipiente perto do mercado dos países europeus e asiáticos, mas tem crescido continuamente.Há uma década, de janeiro a agosto de 2013, o Brasil tinha vendido apenas 321 veículos e em 2023 vendeu 49.052 no mesmo período – um aumento astronômico de 15.181%", explica a associação.Ricardo Bastos, presidente da ABVE, pontua em nota que a eletromobilidade já é uma realidade e é irreversível. Contudo ressalta que embora os números sejam bastante animadores, ainda assim será necessário continuar trabalhando para um setor mais sólido no Brasil. “Esses números são importantes, pois consolidam todo um ecossistema de mobilidade elétrica pautado pela inovação e pelo desenvolvimento tecnológico. Eles mostram que a eletromobilidade é irreversível também no Brasil. Ainda assim, temos de aperfeiçoar o ambiente regulatório e tributário em todos os níveis de governo para reforçar a confiança do consumidor e dos investidores. Nosso objetivo é assegurar um crescimento sólido e de longo prazo do transporte elétrico no Brasil, em sintonia com as demais rotas tecnológicas sustentáveis. Por isso, defendemos uma Política Nacional de Eletromobilidade", finaliza ele.Fonte: Canal MOVE