94,5 milhões de toneladas de CO2 foram evitadas com novo programa de biocombustível no Brasil

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Dados foram divulgados pela União da Indústria de Cana de Açúcar na última semana.

As emissões de gases de efeito estufa conseguiram ser contidas com o novo programa desenvolvido em prol dos biocombustíveis. Na última semana, a União das Indústrias de Cana de Açúcar (UNICA) destacou que os produtores de bioenergia superam a marca de 94,5 milhões de toneladas de emissões de CO2eq evitadas desde que começaram a ofertar um novo produto associado aos benefícios ambientais dos biocombustíveis: os Créditos de Descarbonização ou CBios.

Em nota, a instituição destaca que os CBios fazem parte da Nova Política Nacional de Biocombustíveis (Renovabio), a qual foi instituída para reduzir a intensidade de carbono nos combustíveis. A UNICA ainda destaca que o programa prevê a compra do certificado pelos distribuidores de combustíveis para o cumprimento de suas metas anuais de descarbonização, sem descartar o uso dos créditos para compensação de emissões por outras indústrias.

Os créditos de descarbonização do setor, por sua vez, equivale ao plantio de mais de 675 milhões de árvores, segundo o último levantamento realizado pela instituição. A contagem, no entanto, acontece entre os períodos de três anos, de junho de 2020, início da comercialização de CBios, a 31 de maio de 2023.

Na prática, cada CBio representa uma tonelada de CO2eq que deixou de ser emitida graças à substituição de combustíveis fósseis. Essa substituição ocorre, por exemplo, com a opção pelo etanol no abastecimento do veículo.

Em nota, Evandro Gussi, presidente da UNICA, reforça que os créditos são extremamente importantes para a mitigação de gases.

“Esses títulos oferecem oportunidade de compensação de emissões para setores da economia com maior custo de mitigação", explica ele.

Quem também comenta o assunto é o diretor de Economia e Inteligência Setorial da UNICA, Luciano Rodrigues. Ele destaca que o programa deu um salto na oferta de energia de baixo carbono.

“Cerca de 90% da capacidade produtiva dos biocombustíveis tem sua pegada de carbono auditada por um robusto processo validado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que considera entre seus critérios o desmatamento zero”, reforça ele.

Rodrigues complementa que o programa tem sido muito importante tanto para o desenvolvimento de biocombustíveis, assim como para o desmatamento zero.

“Temos observado um ganho de eficiência energética-ambiental nos biocombustíveis. Os produtores se certificaram e, com isso, reduziram a intensidade de carbono, mostrando que o mecanismo criado está surtindo efeito", finaliza.

Fonte: Canal MOVE

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